Encontros com a Terra é um projeto itinerante, um movimento, que promove junto da comunidade educativa a criação de um espaço íntimo e seguro para o diálogo intercultural entre artistas e alunos. Temas com sonhos, expectativas, histórias, culturas, arte, tradição, modernidade, liberdade e racismo, serão abordados num discurso de união e paz, a que dão voz:

SELMA UAMUSSE |
CHALO CORREIA |
Cachupa psicadélica |
ACÁCIA MAIOR |
THROES + THE SHINE |
ALICE NETO DE SOUSA E DA SOUL |
ANASTÁCIA CARVALHO |
SELMA UAMUSSE
Escola Básica 2,3 Hermenegildo Capelo
Palmela

SELMA é uma cantora moçambicana nascida em 1981 a viver em Portugal desde 1988. Canta profissionalmente desde adolescente tendo um percurso bastante diversificado na música.

Em nome próprio, Selma Uamusse explora as raízes do seu país de origem, usando ritmos moçambicanos e letras em línguas nativas, com a utilização de instrumentos tradicionais como timbila e mbira, combinando tudo com electrónica e com outras referências que espelham as suas diversas influências.

CHALO CORREIA
Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro
Mem Martins

É cantor e compositor nascido em Luanda, em 1968. Viveu a sua infância no período musical mais intenso e ardente de Angola (anos 70), em que muitos músicos deram o seu contributo pela independência usando a música e a mensagem nela subjacente, como armas contra a colonização, reinventando sonoridades tipicamente angolana para reestabelecer uma matriz identitária a todo o povo.

CACHUPA PSICADÉLICA
Escola Básica 1 + JI do Castelo
Lisboa

Nascido em Mindelo, na ilha de São Vicente em Cabo Verde, foi criança nos anos 80 e apaixonou-se pelo rock de Seattle na adolescência, num Mindelo de “rockeiros latinos”. Um dia, sem se dar conta, acabou a estudar nas Caldas da Rainha e, depois de ter passado por diversos projetos musicais, encontrou-se na encruzilhada da sua Cachupa Psicadélica:

“Música para fazer fotossíntese. Música”

Acácia Maior
Escola Básica 2,3 de Santa Iria
Tomar

As raízes dos Acácia Maior são cabo-verdianas e esse é o mote para a sua criação. Do Reggae ao Zouk, da Morna à Mazurca, do Hip Hop ao Funaná, desta feita tocam com dois convidados muito especiais: Cachupa Psicadélica e Eliana Rosa. Vê e ouve, aqui, este concerto cheio de boa vibe. Conceito / Programação cultural do espaço THE HOOD – Mistaker Maker Plataforma de Intervenção Artística Agência Comunicação – Omertà Design Gráfico – FunnyHow

Throes + The Shine
Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca
Ponte da Barca

Os Throes + The Shine são um trio luso-angolano, formado por Mob Dedaldino, MC e kudurista oriundo de Luanda, e por Igor Domingues e Marco Castro, dois produtores e instrumentistas naturais da cidade do Porto. Em atividade desde 2011, a banda é reconhecida pelos seus concertos altamente enérgicos e explosivos, tendo deixado um rasto de suor e sorrisos um pouco por toda a Europa e também pela América Latina. Se aventura, inovação e celebração são palavras que inspiram entusiasmo, os Throes + The Shine são o destino a escolher para a próxima viagem.

Alice Neto de Sousa e Da Soul
Agrupamento de Escolas Tomáz Ribeiro
Tondela

Alice Neto de Sousa e Da Soul, pelos seus “Olhos Castanhos Terra”, pé ante pé, a poeta Alice Neto de Sousa conduz-nos a uma viagem intercontinental com versos de poetas de Portugal, Angola, Brasil e São Tomé e Príncipe, acompanhada na guitarra pela sonoridade ancestral e ritmos do jazz e blues do músico Da Soul.

Anastácia Carvalho
Agrupamento de Escolas de Armamar
Armamar

Anastácia Carvalho, cantora, maestrina, compositora de origem são-tomense, nascida em Angola, Luanda. Canta profissionalmente desde o ano de 2000, com um percurso musical com influências de gospel, blues, jazz, soul, reggae, funk, pop, música africana. Tem colaborado com artistas como Madonna (Madame X Tour), Orquestra de Batukadeiras de Cabo-Verde, Rui Veloso, Bonga, Costa Neto, Filipe Santos, Tonecas Prazeres, Tabanka Djaz, Karyna Gomes, Selma Uamusse, Mercado Negro, entre outros.

Selma Uamusse

É uma cantora moçambicana nascida em 1981 a viver em Portugal desde 1988. Canta profissionalmente desde adolescente tendo um percurso bastante diversificado na música.

Em nome próprio, Selma Uamusse explora as raízes do seu país de origem, usando ritmos moçambicanos e letras em línguas nativas, com a utilização de instrumentos tradicionais como timbila e mbira, combinando tudo com electrónica e com outras referências que espelham as suas diversas influências.

O seu álbum de estreia, “Mati”, que significa “água” em Changana (uma das três línguas mais faladas em Moçambique), editado em 2018 pela Ao Sul do Mundo e distribuído pela Sony Music, foi amplamente elogiado pela crítica nacional, tendo sido apresentado em diversos e prestigiados palcos nacionais e internacionais, num tour com mais de 60 concertos, como são exemplo, o Rock in Rio (Portugal), Vodafone Mexefest (Portugal), FMM Sines (Portugal), Festival MED (Portugal), MiMO Amarante (Portugal), MaMA Paris (França) , MMM Maputo (Moçambique), MIL Lisboa (Portugal), SIM São Paulo (Brasil), Festival Back2black Rio de Janeiro (Brasil), Siesta Festival Gdansk (Polônia), Centro Galego de Arte Contemporânea Santiago de Compostela (Espanha), NY SummerStage no Central Park (EUA), Festival Crespo no Circo Voador (Brasil), Festival Atlantico em Philharmonie (Luxemburgo) e Akropolis Palace em Praga (República Tcheca).

Se há um encontro musical de Selma com Moçambique no seu primeiro disco, há igualmente um encontro espiritual com o continente africano. O primeiro disco de Selma Uamusse, produzido pelas mãos preciosas de Jori Collignon (dos Skip & Die), ouve-se como duas viagens simultâneas – uma geográfica, uma visita a Moçambique, onde a cantora se abastece de sons e partilha a sua identidade; e uma interior, num mapa espiritual que se vai descobrindo à medida que a música se infiltra em quem ouve. Em cada segundo, este aguardado disco de estreia de Selma produz um efeito hipnótico, entalando-nos entre passado e futuro, pertencendo ao ancestral e ao desbravador, criando uma música que não tem nome possível. Ou talvez tenha. Talvez se chame simplesmente Selma Uamusse. 

Em 2020 lançou o seu segundo disco em nome próprio, “Liwoningo” (que significa luz em Chope, uma língua tradicional de Moçambique), produzido por Guilherme Kastrup, produtor premiado com um Grammy pelos álbuns “A Mulher do Fim do Mundo” e “Deus é mulher” da aclamada e também premiada Elza Soares, este é um disco que acentua o património imaterial Africano, de Moçambique, uma africanidade que continua a inspirar letras e melodias, mas que se mistura por esse mundo fora, em temas e arranjos, uns mais próximos da tradição do folclore, outros que vagueiam entre o electrónico, o rock, o afrobeat e o experimental, mantendo sempre como lugar comum a potência do ritmo, da língua ou das sonoridades africanas, abrindo espaço para outras influências, da música portuguesa e Brasileira. 

Liwoningo” conta com as incríveis participações da banda brasileira Bixiga 70, dos artistas moçambicanos Chenny Wa Gune, Milton Guli e Lenna Bahule e do Korista Mbye Ebrima da Gâmbia. 

Selma Uamusse começou a desvendar um pouco daquilo que iria ser feito “Liwoningo” com os singles “No Guns” e “Hoyo Hoyo”. Temas que despertaram o interesse do público de tal forma, que em poucos dias esgotaram o concerto de antestreia do disco, nos Jardins da Gulbenkian.

O poderoso instrumento vocal e a genialidade performativa de Selma Uamusse levaram-na a brilhar nos mais diferentes géneros musicais, desde projetos como WrayGunn, Cacique’97, Gospel Collective ou Rodrigo Leão, sendo a sua versatilidade também reconhecida no teatro, cinema e artes visuais.

Em nome próprio, Selma Uamusse é bem mais do que uma colagem das aventuras artísticas que viveu. A sua música é um manifesto pela harmonia ao que nos rodeia, um olhar positivo sobre o mundo. Uma forma de luta e de esperança por uma sociedade mais livre, com mais amor. Características que vão além da música, como se viu em 2019 quando Selma, enquanto mentora e organizadora do movimento “Mão Dada a Moçambique”, reuniu mais de 50 artistas e figuras políticas que contribuíram com a sua voz e presença no evento de angariação de receitas, transmitido pela RTP, para combater a catástrofe humanitária resultante da passagem do ciclone Idai, em Moçambique.

CHALO CORREIA

É cantor e compositor nascido em Luanda, em 1968. Viveu a sua infância no período musical mais intenso e ardente de Angola (anos 70), em que muitos músicos deram o seu contributo pela independência usando a música e a mensagem nela subjacente, como armas contra a colonização, reinventando sonoridades tipicamente angolana para reestabelecer uma matriz identitária a todo o povo. Durante esse período turbulento, e consequentemente após a independência, não houve condições de acesso e de oportunidades para a aprendizagem de instrumentos musicais nem tão pouco a existência de escolas do gênero. Assim, era comum as crianças construírem os seus próprios instrumentos musicais e brinquedos utilizando alguns materiais como latas, cabos de bicicleta, pedaços de madeira por exemplo para fazer uma guitarra. Na adolescência, conheceu pessoalmente muitos músicos de bandas revolucionárias, Os Merengues e Os Kiezos que influenciaram a sua música. No início dos anos 90 o artista mudou-se para Portugal, onde praticou guitarra e gaita. Longe do seu país natal, a música torna-se , na sua visão, a única forma de ligação às suas raízes ancestrais, pelo que, começou então a criar canções originais baseadas nos estilos musicais tradicionais e urbanos de Angola e recorre às memórias da infância onde se encontram gravadas todo o manancial que a sua música invoca.

Ao longo de 20 anos, sua música passou por um longo processo de amadurecimento.  Tocada em diversos espaços em vários países decidiu gravar seu primeiro álbum intitulado “Kudihohola” em 2015, seguiram-se depois o álbum “Akua Musseque” em 2017 e o “Dibessa”. A sua voz enérgica cantando conta as histórias de Angola, do quotidiano na diáspora fala do amor, da esperança, da crítica social e da condição de imigrante. Foi por duas vezes nomeado nos prémios da música angolana concurso ANGOLA MUSIC AWARDS.

CACHUPA PSICADÉLICA

Nascido em Mindelo, na ilha de São Vicente em Cabo Verde, foi criança nos anos 80 e apaixonou-se pelo rock de Seattle na adolescência, num Mindelo de “rockeiros latinos”. Um dia, sem se dar conta, acabou a estudar nas Caldas da Rainha e, depois de ter passado por diversos projetos musicais, encontrou-se na encruzilhada da sua Cachupa Psicadélica:

“Música para fazer fotossíntese. Música”

POMBA PARDAL (2019) é o nome do seu último disco, lançado 4 anos depois da estreia discográfica com Último Caboverdiano Triste em 2015 e depois de Cachupa Psicadélica ter sido nomeado para artista musical do ano nos prémios “Somos Cabo Verde – Melhores do Ano” em 2017 e de ter colaborado com nomes como Branko (Buraka Som Sistema), Cristina Branco, Mayra Andrade, Octa Push e Throes + the Shine, Scúru Fitchádu, Danae Estrela, Danilo Lopes da Silva (Fogo Fogo), Flak, G#KEY, Acácia Maior, Maria do Mar, Prétu (Chullage), Ras M SoldadoJah e Yaw Tembe.

Os Throes + The Shine

Os Throes + The Shine são um trio luso-angolano, formado por Mob Dedaldino, MC e kudurista oriundo de Luanda, e por Igor Domingues e Marco Castro, dois produtores e instrumentistas naturais da cidade do Porto. Em atividade desde 2011, a banda é reconhecida pelos seus concertos altamente enérgicos e explosivos, tendo deixado um rasto de suor e sorrisos um pouco por toda a Europa e também pela América Latina. Já tendo pisado os palcos de alguns dos maiores festivais Europeus na sua primeira década de existência, nem só dos concertos vive este projeto. Os Throes + The Shine contam com uma discografia eclética, que já carrega cinco álbuns de originais recheados de colaborações com artistas de todo o globo e que demonstram uma constante evolução e aprimoramento das suas composições. Se aventura, inovação e celebração são palavras que inspiram entusiasmo, os Throes + The Shine são o destino a escolher para a próxima viagem.

Anastácia Carvalho

Anastácia Carvalho, cantora, maestrina, compositora de origem são-tomense, nascida em Angola, Luanda.

Canta profissionalmente desde o ano de 2000, com um percurso musical com influências de gospel, blues, jazz, soul, reggae, funk, pop, música africana. Tem colaborado com artistas como Madonna (Madame ? Tour), Orquestra de Batukadeiras de Cabo-Verde, Rui Veloso, Bonga, Costa Neto, Filipe Santos, Tonecas Prazeres, Tabanka Djaz, Karyna Gomes, Selma Uamusse, Mercado Negro, entre outros. Em 2006, participou no curso de Voccalizes para grupo coral e maestros no Instituto Piaget em Almada, Iniciou também os estudos de Jazz na escola JB Jazz em Lisboa em 2014. Dirige actualmente o grupo coral gospel Collective.

No seu projecto a solo Anastácia apresenta uma fusão entre os vários estilos que formam o seu universo musical, com destaque para a divulgação dos ritmos e línguas faladas nas ilhas de S. Tomé e Príncipe, bem como Angola. Tem feito concertos a solo e colaborações como convidada em palcos como Festa do Avante, Capitólio, Summerstage Festival (Nova York) entre outros. Encontra-se no processo de gravação do seu primeiro álbum. Lançamento brevemente.